Somos um em meio a sete bilhões de habitantes na Terra.
Odeio ser estraga prazeres, mas, apesar de seu nome constar em documentos, você
será reconhecido, na maior parte das vezes, por um número. Para que, então, se
esforçar para se sobressair? Por que fazer as coisas de uma forma exemplar, se
poucas pessoas reconhecerão seu trabalho? Por que somos especiais? Essa
enxurrada de perguntas vem de encontro a sua mente quando se é jovem e nunca
mais vai embora. Apesar de não existir uma resposta certa, teorias são
elaboradas a todo o momento. Essa é a minha.
Nessas
férias fui fazer uma viagem com meus pais até Foz do Iguaçu, local em que se
encontram as famosas cataratas. Você se sente insignificante perto da
quantidade de pessoas que existe no mundo? Imagine então como se sente uma gota
de água em meio a 1.500 m³ do mesmo líquido caindo por segundo. Apesar de
termos feito a visita em um período de “seca”, acabamos por ver a catarata em
seu volume quase máximo: um espetáculo de rara beleza que todos deviam
presenciar pelo menos uma vez na vida. E ali, em meio a tanta natureza, me veio
à mente uma pergunta: como será que uma gota de água se sente sabendo que
existem bilhões de outras iguais a ela em uma espaço tão próximo? E fiquei com
pena delas que, apesar de formarem aquela maravilha, nunca seriam reconhecidas
individualmente. Mas então parei para pensar mais uma vez e me dei conta que eu
não precisava sentir pena, porque assim como os seres humanos, aquelas bilhares
de gotinhas também eram especiais a seu modo.
Apesar
de ser difícil acreditar e aceitar a água potável está realmente acabando. Em
breve todo o mundo será uma extensão do deserto do Saara cercado por mar: um
lembrete de que a água existe, mas não podemos bebê-la. E é nesse momento que
vem à tona a importância das gotas: quando tudo estiver seco cada mililitro de
água será uma dádiva tão grande que o preço por ele será absurdo. Resumindo a
história, apesar de existirem mais gotas do que seríamos capazes de contar em
toda nossa vida, cada uma delas é responsável por empregos gerados pelo turismo
nas cataratas, rios, cachoeiras, fontes, lagos e lagoas espalhadas pelo mundo.
São elas que mantêm florestas como a Amazônia de pé e os animais (incluído
seres humanos) vivos. Você acha o petróleo importante? Pois a água é milhares
de vezes mais.
E assim,
elaborei minha teoria para as perguntas sobre fazer a diferença. Por que fazer
algo que quase ninguém vai notar que fui eu? Porque você é como uma gota:
apesar de ser pequeno pode fazer com que a vida se movimente. Ouso acrescentar
ainda que, como as gotas devemos nos unir, pois juntos temos a força necessária
para girar o mundo inteiro e fazê-lo mais belo ainda do que as Cataratas do
Iguaçu.



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