sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O Cortiço

E como se não fosse suficientemente estranho um livro clássico vir na minha lista , outro veio em sequência: O cortiço de Aluísio Azevedo. Estranho como sempre pedi para ler livros clássicos, mas tinha medo que fosse demasiadamente complicado, mas aos poucos vou percebendo que não é tão difícil assim, mesmo assim não posso me dar ao luxo de dizer isso porque esse livro é daquelas adaptações que nos dão vontade de procurar o verdadeiro.
O Cortiço conta a historia de um homem que sonha em fazer fortuna e vê uma oportunidade em construir um cortiço (uma moradia que reunia pessoas de classes sociais menos favorecidas em locais de aluguel baixíssimo). Cada pessoa do cortiço tem sua própria historia, o que torna o enredo do livro rico e diversificado, indo desde de uma aprendiz de garota de programa até uma humilde portuguesa traída pelo marido e passando por todas as robustas mulatas e ritmos que fervilhavam no Brasil no período descrito.
Aluísio de Azevedo escreve com uma maestria que falta a muitos dos escritores atuais, pois apesar de um livro sobre uma sociedade que não é mais a nossa, minha atenção ficou presa do início ao fim. Realmente me senti tentada a ir até os livros antigos que meus pais guardam em uma prateleira na sala para procurar a obra.
Interessante a forma como funcionam essas adaptações, pois se ao mesmo tempo já contam a história, ainda puxam de dentro do leitor a necessidade de buscar o texto integral. Como será que eles fazem isso?
Bom... Vivemos em uma sociedade ditada pela mídia sensacionalista que diz o que devemos vestir, ouvir, usar, falar, pensar, ler, estudar... E nessa sociedade surgem os best sellers. Não que eu não goste, muito pelo contrário! Sou tributa (fã de jogos vorazes) assumidicima! Mas acho que não custa nada de vez em quando fugir da linha reta em que colocam nossos pensamentos e buscar os clássicos, até mesmo para entender a origem dos nossos best sellers...

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