E como se não fosse suficientemente estranho um
livro clássico vir na minha lista , outro veio em sequência:
O cortiço de Aluísio
Azevedo. Estranho como sempre pedi para ler livros clássicos,
mas tinha medo que fosse demasiadamente complicado, mas aos poucos vou
percebendo que não é tão difícil assim, mesmo assim não
posso me dar ao luxo de dizer isso porque esse livro é
daquelas adaptações que nos dão
vontade de procurar o verdadeiro.
O Cortiço conta a historia de um homem que
sonha em fazer fortuna e vê uma oportunidade em construir um
cortiço (uma moradia que reunia pessoas de classes sociais menos
favorecidas em locais de aluguel baixíssimo). Cada pessoa do cortiço
tem sua própria historia, o que torna o enredo do livro rico e
diversificado, indo desde de uma aprendiz de garota de
programa até uma humilde portuguesa traída pelo marido e passando por todas as
robustas mulatas e ritmos que fervilhavam no Brasil no período
descrito.
Aluísio de Azevedo escreve com uma maestria que falta a muitos
dos escritores atuais, pois apesar de um livro sobre uma sociedade que não
é mais a nossa, minha atenção ficou presa do início
ao fim. Realmente me senti tentada a ir até os livros antigos que meus pais
guardam em uma prateleira na sala para procurar a obra.
Interessante a forma como funcionam essas adaptações,
pois se ao mesmo tempo já contam a história,
ainda puxam de dentro do leitor a necessidade de buscar o texto integral. Como
será que eles fazem isso?
Bom... Vivemos em uma sociedade ditada pela mídia
sensacionalista que diz o que devemos vestir, ouvir, usar, falar, pensar, ler,
estudar... E nessa sociedade surgem os best sellers. Não que
eu não goste, muito pelo contrário! Sou tributa (fã
de jogos vorazes) assumidicima! Mas acho que não custa nada de vez em quando fugir da
linha reta em que colocam nossos pensamentos e buscar os clássicos,
até mesmo para entender a origem dos nossos best sellers...



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