sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Papéis Avulsos

Sou uma daquelas pessoas que lê de tudo: desde o best sellers que todo mundo está falando, até aquele livro completamente desconhecido que a capa chamou a atenção nas andanças pela livraria. Mas apesar disso, tenho problemas com os clássicos. Não que eu não queira lê-los, longe disso! O problema é a quantidade de livros recentes que eu ganho... Ai os clássicos vão sendo empurrados para o fim da lista (sim, eu tenho uma lista com a ordem de livros que quero ler).
Mas milagrosamente o livro que estava na lisa era um Machado de Assis.
Estava esperando uma daquelas historias que você mal consegue ler de tão antiga e coloquial que é a linguagem, mas não! Se você se concentrar um pouco e prestar bastante atenção da para entender perfeitamente... E melhor! Apesar de o livro ser antigo, as colocações do autor sobre a sociedade continuam servindo perfeitamente para descrever nosso mundo.
O livro que li foi Papéis Avulsos, uma seleção de contos de Machado. O primeiro, e que mais gostei, foi: O Alienista, que conta a história de um médico que resolve dedicar seus dias para estudar a mente humana e os diversos casos de loucura. Para isso constrói um hospício e ali vai reunindo qualquer pessoa que julgue ter algum tipo de problema, separando-os por caso.

De forma muito eficiente, o autor deixa escrito nas entrelinhas sua maior opinião sobre a sociedade: ela é um hospício, onde os loucos somos nós. O que nos traz de volta àquela velha questão: o que pode ser considerado normal?

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