
Mary Shelley soube explorar essas
questões propondo um jovem cientista com sede de saber e sua criatura,
aparentemente maldita. Escrita entre 1816 e 1817, no período do
ultrarromantismo, a obra remete a um sonho (ou imaginação) de Mary, durante uma
viagem entre amigos e um concurso de histórias de terror. Foi nesse contexto
que surgiu Frankenstein.
Uma obra que nos deixa a pensar no que é
certo ou errado e até onde o homem pode ir com suas invenções. Diferente do que
estamos acostumados a ouvir, Frankenstein não é o monstro, e sim seu criador.
O jovem Victor Frankenstein vai à
faculdade e desenvolve um projeto impressionante: a criação de um ser
semelhante! Porém, horrorizado com a própria obra, foge dela, deixando-a a mercê
do mundo. A criatura é constantemente desprezada por sua imagem, e depois de
observar uma família por algum tempo aprende a ler, falar e escrever e vai
atrás de seu criador, fazendo apenas um pedido: uma fêmea tão horrenda quanto
ele, prometendo que se não atendido destruirá a vida do seu criador até ele
implorar pela morte.
Victor começa a realizar sua segunda
criatura, mas se horroriza novamente, e ao parar condena sua própria família à
morte! E assim vão morrendo seus entes queridos, desencadeando uma frenética
busca pela destruição de sua criatura.
Um livro de leitura pesada, mas muito
interessante! Leva-nos a ver que o homem não tem controle sobre a vida e a
morte, sendo apenas ferramenta para um plano maior! Não é um livro para
passatempo ou leitura rápida e sim para exercitar o pensamento e a paciência.
Gostei, mas não o recomendo a pessoas
que não têm sensibilidade ou apreço pela consciência, porque é exatamente disso
que o livra trata. Quanto a consciência do ser humano interfere nas ações de sua
vida e quanto ela pesa nos momentos de sono e reflexão; qual o preço que
pagamos por nossos atos; qual o peso de nossas reflexões. Convido você a também
refletir sobre esses assuntos, lendo Frankenstein,
de Mary Shelley.
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