domingo, 19 de janeiro de 2014

Frankenstein

            Clássico da literatura antiga? Discordo! Clássico contemporâneo, moderno! Escrito há tanto tempo em com temas que nunca serão obsoletos. O homem tem poder sobre a vida e a morte? Qual o limite entre a ciência e o divino? Até que ponto as pessoas estão dispostas e se sacrificar por um ideal?
Mary Shelley soube explorar essas questões propondo um jovem cientista com sede de saber e sua criatura, aparentemente maldita. Escrita entre 1816 e 1817, no período do ultrarromantismo, a obra remete a um sonho (ou imaginação) de Mary, durante uma viagem entre amigos e um concurso de histórias de terror. Foi nesse contexto que surgiu Frankenstein.
Uma obra que nos deixa a pensar no que é certo ou errado e até onde o homem pode ir com suas invenções. Diferente do que estamos acostumados a ouvir, Frankenstein não é o monstro, e sim seu criador.
O jovem Victor Frankenstein vai à faculdade e desenvolve um projeto impressionante: a criação de um ser semelhante! Porém, horrorizado com a própria obra, foge dela, deixando-a a mercê do mundo. A criatura é constantemente desprezada por sua imagem, e depois de observar uma família por algum tempo aprende a ler, falar e escrever e vai atrás de seu criador, fazendo apenas um pedido: uma fêmea tão horrenda quanto ele, prometendo que se não atendido destruirá a vida do seu criador até ele implorar pela morte.
Victor começa a realizar sua segunda criatura, mas se horroriza novamente, e ao parar condena sua própria família à morte! E assim vão morrendo seus entes queridos, desencadeando uma frenética busca pela destruição de sua criatura.
Um livro de leitura pesada, mas muito interessante! Leva-nos a ver que o homem não tem controle sobre a vida e a morte, sendo apenas ferramenta para um plano maior! Não é um livro para passatempo ou leitura rápida e sim para exercitar o pensamento e a paciência.

Gostei, mas não o recomendo a pessoas que não têm sensibilidade ou apreço pela consciência, porque é exatamente disso que o livra trata. Quanto a consciência do ser humano interfere nas ações de sua vida e quanto ela pesa nos momentos de sono e reflexão; qual o preço que pagamos por nossos atos; qual o peso de nossas reflexões. Convido você a também refletir sobre esses assuntos, lendo Frankenstein, de Mary Shelley.

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