sábado, 19 de julho de 2014

Labirinto

Quem nunca se imaginou vivendo uma vida diferente da que leva no futuro ou no passado? Bom, no meu caso desde pequena sempre disse que tinha nascido na época errada. Mas ai que entra a questão... Também nunca me decidi qual seria minha época certa! As vezes gostaria de ser uma daquelas princesas medievais com os longos vestidos, ou então as belas egípcias inteligentes e sedutoras, ou ainda as guerreiras de espada e escudo em punho. Ou quem sabe uma dançarina dos tempos da brilhantina, uma nerd de serie americana, uma sobrevivente de um apocalipse.... São tantas possibilidades, tantas personalidades para escolher! Mas infelizmente não se escolhe e não se sabe. Segundo o espiritismo ao reencarnarmos devemos esquecer tudo o que se passou para poder começar de novo e nos redimir de nossas más ações.  Apesar de ser cristã, sempre acreditei que a vida não termina no horizonte. E também achava muito difícil inventar uma nova alma para cada corpo... Então por que não reciclar?
Em 1209 Alais acorda em mais uma manhã que deveria ser normal. Seu marido está ao seu lado, e ela faz sua fuga matinal até o rio fora dos muros da Cité em Carcassone, na França medieval, para pegar as ervas que usa para fazer remédios e sentir a liberdade da natureza. Porém, ao encontrar um homem morto, ela vê essa aparente tranqüilidade mudar totalmente: ao contar a notícia para seu pai, ele fica extremamente abalado, e corre a ver o corpo, ficando aliviado ao ver que não reconhece o rosto do morto. A partir de então um grande segredo se abre para a menina que se vê em uma corrida contra o tempo para salvar uma relíquia de tempos imemoriais. Desafiando traições, guerras e os cruzados, Alais faz de tudo para chegar ao seu objetivo e continuar a missão iniciada por seu pai.
Em 2005 Alice está em seu último dia de ajudante de escavações, trabalhando sozinha, já que seu parceiro de trabalho faltou, quando encontra a entrada para uma caverna que se assemelha a um templo no qual três esqueletos estão sepultados. Entretanto, a pseudô-arqueóloga se interessa apenas por um pequeno anel, no qual pode-se ver um pequeno labirinto gravado na parte de dentro, mas antes que possa examinar direito, tem um desmaio repentino. Ao acordar, Alice vê sua vida virada de cabeça para baixo ao entrar em uma perigosa aventura na qual seus antagonistas tem muito mais poder que ela. Mas uma ajudinha do passado promete trazer muitos esclarecimentos.
Explorando muito bem a lenda do Sagrado Graal, Kate Moss transita entre a França medieval e atual com muita classe e delicadeza. Para quem não conhece, o Santo Graal é uma expressão medieval para designar o cálice no qual bebeu Jesus na última ceia e no qual foi recolhido seu sangue após a crucificação. De acordo com a lenda quem bebesse do tal cálice teria vida eterna. Essa é apenas uma das versões, a mais recente na realidade, porque o Graal já é citado entre os Celtas, como um caldeirão que daria vivos aos que bebessem dele. Também é visto como uma esmeralda (talvez por isso a capa do livro seja verde... Quem sabe?) que teria caído na terra juntamente com Lúcifer, ou então um livro no qual estão escritas palavras secretas que Jesus ensinou a José de Arimateia a ler nas quais estão as verdades da fé.

AMEI o livro. Simplesmente AMEI. Terminei já querendo reler e em busca de uma continuação, apesar de a história realmente acabar. E descobri que esse é o primeiro livro de uma trilogia \o/  Então indico a todos sem exceção. Sinceramente? Fazia algum tempo que um livro não me implorava tanto quanto esse....

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