O aquecimento globa passa de problema ambiental para questão de sobrevivência

Segundo o alarmante relatório do IPCC, a tendência da situação é apenas piorar. Estudos apontam que mesmo parando com a emissão de gases agravadores do efeito estufa (fenômeno considerado o vilão no derretimento das geleiras que causam o aumento do nível do mar) anda sentiríamos o efeito por centenas de anos. Como, obviamente, os Estados não irão abdicar de seu crescimento econômico em prol do meio ambiente, vamos empurrando a situação com a barriga.
Já o físico Marcelo Gleiser tem um olhar bem menos crítico em relação ao papel do ser humano na desordem ambiental. Segundo ele, o aquecimento é uma associação entre questões humanas e naturais. Em sua reconfortante reportagem "Sombra Global" (publicada na Folha de São Paulo), ele alega que transformar um problema científico (como o clima) em política é um desrespeito às futuras gerações, já que não há realmente certeza do que está acontecendo.
Mas independente do culpado, ambos afirmam ser mais que urgente a tomada de alguma atitude que minimize as alterações climáticas já em curso: seja pelo cumprimento do Protocolo de Kyoto ou pela construção de guarda-sóis que orbitem a Terra, protegendo-a da radiação.
E enquanto o mundo gira e cientistas e ambientalistas buscam a resposta ideal par os problemas em mesas com café e biscoitos, a população que vive próxima ao oceano imagina quanto tempo irá demorar para que surjam guelras e possam continuar suas vidas em um reino submarino.