
Misturando as idéias românticas
e real, Domingos Pelegrino narra a história de um bobo da corte que recebe de seu rei o direito de
possuir um castelo, uma corte, e se tornar um duque. Ao falecer, os filhos do
monarca fazem valer sua vontade: dão ao homem o castelo mais distante, como súditos todos os
prisioneiros e miseráveis
e por título
"Bobuque". Contrariando toda a sorte, o bobo sai levando todas
aquelas pobres almas e lentamente, enche os corações delas de alegria, liberdade e vontade de trabalhar
formando uma próspera
comunidade nos limites do reino.
Creio que, apesar de ser um livro mais infantil, passa uma
mensagem maravilhosa: quando se está feliz
com o que está fazendo e realiza
seu trabalho com amor e carinho, talvez não seja possível
transformar o trigo em fios de ouro, porém é possível trança-los fazendo virar
belos brincos. Ou seja: não
ha resultado sem esforço!
E mais: todos merecem uma segunda chance de mostrar seu valor. Costumamos ter
muito preconceito daqueles que já fizeram
algum mal, porém
devemos ter fé que as pessoas
podem se arrepender e mudar a atitude
Concluo retomando a ideia de uma Idade Media das trevas, na qual houve uma arraso
cultura. Na verdade esse atraso nunca exigiu, pois continuaram a compor musicas
tanto para a Igreja quanto para fora (cantigas de amor e de amigo), construir
belas obras e contar historias. Porém, os científicos
pouco admiram dessa riqueza cultural, pois ela estava quase sempre ligada à Igreja. Mas não sejamos
preconceituoso... Leiam o livro e depois, aconselho, a visitarem o site da
universidade de Coimbra e escutarem algumas das belas canções em galego
português compostas nesse
período que refletiam
toda a cortesia dos relacionamentos palacianos e o início do
cavalheirismo.
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