quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Memórias de um Amigo Imaginário

Sou filha única, e tenho muito orgulho de dizer isso! Também não tenho medo das pessoas me chamarem de egoísta e mimada, só porque não tive que dividir a atenção dos meus pais com ninguém. Mas tem uma coisa que incomoda muito... A solidão.
Todo mundo que tem irmão reclama que tem muito barulho, que não tem tempo sozinho... Enfim! Mas o que essas pessoas não sabem o quanto é assustador não ter ninguém com a idade próxima para conversar, ou encher o saco, brigar... Ou pior, como incomoda o barulho por não ter se acostumado desde pequeno.
Por isso, também não tenho vergonha de dizer que tive sim amigos imaginários... Não um, mas vários. Eles eram minha companhia, pessoas que me entendiam, e principalmente alguém para brincar. Acho que os amigos imaginários são um meio que as crianças encontram de serem ouvidas por alguém, mesmo que esse alguém exista somente na imaginação delas.
Max Delay é um menino muito especial, ele faz sempre as mesmas coisas todo o dia, tem dificuldade em se relacionar com outras pessoas, inclusive seus pais, é muito tímido, não gosta que outras pessoas toquem nele, e empaca quando algo foge de seu controle. Para lhe fazer companhia e entender, Max criou Budo, um amigo imaginário muito especial, que não dorme, atravessa portas, parece humano, e principalmente, é muito velho. Não que ele seja um velho, mas ele existe a mais tempo do que um amigo imaginário deveria... Tudo isso porque Max é diferente e precisa de Budo.
Mas de repente acontece algo muito estranho, e Max começa a se relacionar com uma professora de maneira estranha... Apertando sua mão inclusive! Budo então se desespera e tenta descobrir o que está acontecendo, porém seu amigo não gosta e manda que ele pare a investigação, e, sem condições de discutir  Budo para. Mas dá uma última olhada antes de ver seu amigo sumir no carro da professora.
O resto da história é uma guerra interna para Budo: salvar seu amigo ou não deixar de existir?
Pois é... Parece que amigos imaginários também tem seus dilemas...
Então embarque nessa narrativa filosófica e divertida... E se você aceitar um conselho, chame seu amigo imaginário para ler com você... Tenho certeza que ele vai gostar!

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