Onde a Lua e a Montanha se encontram

Qual criança não gosta de ouvir uma história? Ainda mais aquelas recheadas de mistérios, aventuras e magia... Minli não foge a essa regra. A pequena menina foi criada por seus pais, Ma e Ba, na Montanha Infrutífera: um lugar cor de lama, no qual os camponeses penam para conseguir um mínimo de arroz para sobreviver e até mesmo as crianças participam desse ofício. Após os árduos dias de trabalho,o consolo de Minli é poder voltar para casa e desfrutar de uma história contada por seu pai.  Os contos são geralmente sobre como a montanha chegou a esse ponto e um estranho homem chamado genericamente de o Homem da Lua, que é responsável por decidir o destino das pessoas. Apesar da felicidade que as história conferem a filha, a mãe de Minli não gosta nem um pouco delas: acredita que são pura perda de tempo já que não são capazes de mudar em nada sua situação... Ou pelo menos era isso que ela pensava.

Um dia, após passar por uma estranha situação com um peixinho dourado, Minli parte em uma fantástica aventura em busca da riqueza a muito perdida pela montanha que era seu lar. Em sua busca ela encontra muito mais do que respostas: ela encontra mais histórias e conhece o verdadeiro significado da amizade.

Grace Lin escreve com uma delicadeza impressionante. Seus contos escritos de forma a contemplar as historias orientais transmitem a importância da família e da amizade tão característica desse povo.

Ao ler Onde a Lua e a Montanha se encontram aprende-se que a amizade não é apenas o estar com a pessoa e sim se doar a ela. Quando a amizade é verdadeira as pessoas passam a se integrar e o que antes eram dois corpos separados passam a fazer parte da vida um do outro.

Apesar de ser um livro mais voltado para o público infantil, a história é tão leve que pode trazer prazer até mesmo aos adultos que buscam se lembrar como era sentar uma tarde de verão e beber um copo de limonada enquanto a mãe contava aquela historiador você nunca cansava de ouvir...