domingo, 12 de agosto de 2012

O segredo do Caleidoscópio: O Voo dos Sonhos

O destino é uma ferramenta que pode ser cruel ou gentil, fazendo acreditar que o futuro será melhor ou não. Enfim, o destino não é previsível, ele simplesmente acontece. Tudo complica quando são três pessoas, que, por uma peça no jogo complicado que é a vida, acabam por partilhar de um destino que aos poucos vai se entrelaçando, até formar uma teia tão extensa que acaba por envolver todos os que passam pela história dos três.
Um sacerdote, que por um infortúnio, acaba sendo denominado como protetor de duas crianças gêmeas, que estão destinadas a algo grande. Esse homem é o responsável por escolher entre três novos protetores que passarão por ele e tentarão ficar com as duas crianças e um espelho que é capaz de refletir uma face do destino. Essa difícil escolha vai levar o simples sacerdote mostrar que não é tão simples quanto se pensava...
Enquanto isso um naufrago é hospedado pelos lotófagos, e quanto vai partir é impelido a provar a planta lótus, que faz com que ele perca a memória e fique perdido, sem saber qual era sua grande missão. Mentiras e antídotos fazem com que esse homem faça uma viagem que ficará gravada para sempre em sua memória...
Por fim, uma bela feiticeira, trabalhando para o mal de nome ELE, precisa dos meninos cuidados pelo sacerdote. Entre fracassos de seus enviados, poções mágicas e ameaças, ela acaba indo realizar o trabalho sujo com as próprias mãos...
Uma narrativa envolvente, que te deixa sem folego (apesar dos diálogos fracos), mostra que o destino pode ser cruel, levando qualquer um, inocente ou culpado, a própria ruína. O brasileiro Marcos Lopes soube explorar muito bem o estilo de mistério, colocando como ponto principal uma profecia (que sempre é uma ferramenta para o mistério já que o leitor só a entende realmente quando tudo o que era necessário acontecer para que ela se cumprisse já aconteceu), que vai mudar para sempre o destino do mundo.
Te convido a explorar o mundo fascinante do destino nesse livro e suas continuações... A maior pergunta que a narrativa trás é: você controla o seu destino ou ele está nas mãos de algo maior?

O Apanhador no Campo de Centeio

J. D. Salinger é a vítima de minha primeira crítica sobre um livro que não gostei. O livro da ocasião é : O Apanhador no Campo de Centeio.

A história se passa na adolescência de um menino visivelmente com muitos problemas psicológicos. Holden Caufield está "tomando bomba" pela quarta vez e decide, antes de ir para casa, pensar na sua vida. A partir dai começa a aventura, na qual Holden vai descobrindo a vida fora da escola, ao sair às ruas fazendo o que quer. A procura intensa de bebidas e cigarro, a ansiedade por perder a virgindade, as conversas com "colegas", o aparecimento de um amor antigo. Tudo isso se mistura na cabeça de Holden que afunda cada vez mais em uma depressão profunda.

Aparentemente a história pode parecer boa. No começo ela realmente é, mas depois o ciclo começa a se repetir: ele bebe, faz besteiras, procura conforto em outras pessoas, e assim vai. Outro ponto que pesa contra o livro é o vocabulário nele empregado, que é péssimo (no sentido de chulo).
Esse livro mostra uma pessoa que vê e reconhece sua má situação e não faz nada para mudar, só se afundando mais na lama. Minha opinião é que esse é um livro pesado, que não tem continuidade e não dá vontade de ficar sentado lendo por muito tempo.
Recomendo para adultos que tenham filhos depressivos, pois para mim a única coisa que esse livro serviu foi  para ver como uma pessoa pode fazer as situações parecerem muito piores do que elas realmente são, e consequentemente ver como se sente tal indivíduo.