quinta-feira, 12 de junho de 2014

Várias Histórias

Machado de Assis foi um contista e romancista que viveu no século XIX. Mestiço, de origem humilde, frequentou apenas a escola primária, mas mesmo assim se tornou um dos maiores autores da literatura brasileira. Constituiu um estilo único e sólido, formando uma personalidade critica em um período no qual ainda vigorava a monarquia.
Apesar de antigos, seus contos ainda são fonte de diversão e reflexão. Historias de homens com amantes que são descobertas e falecem, capelão que que presencia uma discussão entre santos sobre a moral dos pecadores, meninos apaixonados por braços de uma mulher mais velha, autores em crise de existência para compor, médicos infames, moças indecisas por marido, discussões sobre o responsável pela expulsão do paraíso, meninos que se ajudam na escola e acabam por apanhar... Mas dou destaque para a linha e a agulha.
Nesse conto, uma linha e uma agulha discutem por sobre quem é a mais importante. Enquanto a agulha alega ser mais importante por abrir caminho para a linha, esta alega ser mais importante por compor a roupa das donzelas. Isso se aplica a tantas faces da nossa sociedade que mal podemos contar... Quantas vezes julgamos ser mais importantes que outro indivíduo, quando na verdade, todos somos apenas peças de um enorme quebra cabeça. Cada um com seu papel único e exclusivo, que não deve ser subestimado.

As vezes, acho que as pessoas leem simplesmente por ler e se esquecem que as vezes existem recados por detrás do que o autor escreveu. Mas tem gente que começa a ver mensagens em tudo, e uma simples história se tornam uma verdadeira teoria de conspiração. Então leia o livro, se divirta, aproveite cada virar de página e, quando deitar a noite no travesseiro, deixe sua mente retornar aoça sonhando com novas historias.
livro e adorme

Cidade das Almas Perdidas

O que é o bem e o que é o mal? Para algumas pessoas é muito fácil definir essas duas palavras: bem é aquilo que prega a paz, o amor, a harmonia; enquanto o mal é a guerra, morte, sangue... Quando transferidos para historias e livros a definição se torna ainda mais restrita: bem são os mocinhos e mal são os vilões. Mas será que vilões são apenas ruim? E os mocinhos são mesmo a personificação das virtudes? Nessa nova aventura, Cassandra Clare sabiamente contrapõe esses pontos: até onde o bem é bom e o mal é ruim? 
Jace está novamente desaparecido e Clary lentamente se entrega ao desespero. Sendo investigada pela Clave, a garota dispõe de poucos recursos para procurar o amado e Sebastian (que também sumiu magicamente). Mas (como em toda boa história de amor) nunca irá desistir de lutar por seu amor verdadeiro. Já Alec se vê envolto em um dilema igualmente complicado: será sua relação com Magnus verdadeira? Ou ele é apenas mais um brinquedo nas mãos do mago? A ajuda que conseguirá para resolver essas questões pode não ser tão confiável quanto ele imagina...
Simon continua sua busca por auto-afirmação vampiresca, porém dessa vez com um agravante: Isabelle. A bela caçadora de sombras parece que finalmente se tornou presa do próprio coração, e mostra um lado seu até então desconhecido: fragilidade. Diferente de Maia e Jason, um casal já certo que só parece se tornar mais forte a cada capítulo. Os licantropes voltam a estabelecer uma relação que ultrapassa as barreiras do físico.
E tem Jocelyn, Luke, os Lightwoods... Todos nossos velhos amigos personagens que se vêem acuados por uma nova ameaça: Sebastian. O filho mal de Valentim... O mal encarnado... O gerado pelo demônio (literalmente). Mas... Será ele de todo ruim?
Sempre ouvi muito a frase  "lobo em pele de cordeiro", usado para que as crianças entendam que as aparências podem enganar, e que as vezes as pessoas boas não são exatamente o que mostram. Fico imaginando se não existe o contrário (cordeiro em pele de lobo?)... Quero dizer, é muito triste pensar que não existe bondade no mundo... Pode ser inocência da minha parte, mas gosto de acreditar que a natureza humana é melhor do que vêm se mostrando, e que ainda temos condições de mostrar para nós mesmos que podemos ser melhores e mais felizes.

Bom, vou parando por aqui se não logo logo vou passar a revelar detalhes de mais... Só digo para se preparar para se apaixonar por um novo personagem, e para chorar muito pelos que já conhecemos. O livro que você terá nas mãos será apenas um portal para uma terra mágica de ação, aventura, romance e surpresas a se perder de vista....

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Eu sou Malala

Querida Malala,
Você não me conhece. E nem poderia, afinal vivo muito muito longe de você e nossas culturas são extremamente diferentes. Se bem que isso não me impediu de saber quem você  é, e ver você lutar por seus sonhos... Mas isso é porque, diferente de mim, você não teve medo de levar seus projetos adiante e nem de revelar para o mundo todo sua história .No final de seu livro, você passou seu email e pediu que escrevêssemos contando o que tínhamos achado de sua história, então, bom, respondendo ao seu pedido, aqui vai...
Vou começar dizendo que nunca entendi realmente a religião islâmica. Na verdade, não fazia sentido para mim que depois de tantas lutas por direitos e igualdade, as mulheres de uma cultura ainda fossem obrigadas a esconder seus corpo atrás de burcas, casassem na minha idade (muito muito jovens) e ainda não poderiam escolher seus pretendentes, não pudessem estudar, apanhassem... Sei que isso é generalizar, mas mesmo assim não conseguia me convencer que o islamismo era uma religião boa. E entendia menos ainda quando via pessoas se convertendo.
Foi por isso que resolvi ler seu livro. Esperava que ver a perspectiva de uma menina mais ou menos da minha idade, que foi atacada por um talibã por defender o direito das mulheres de estudar e mesmo assim continua defendendo sua religião deveria me fazer ao menos entender algo. E realmente fez. Percebi que o islamismo não é diferente de nenhuma outra religião, são os fanáticos que a tornam desacreditada
Comecei meio desacredita, mas lentamente fui me envolvendo na história e, ao final, olhei o livro em minhas mãos e pensei: "Essa menina nasceu para mudar o mundo. Ela é realmente muito especial! Quando crescer quero ser igualzinha à ela."
Gostaria de te parabenizar pela sua iniciativa magnífica de ir contra tudo e todos buscando seus sonhos. Admiro sua força e perseverança, pois apesar de tudo o que você sofreu nunca apelou para a violência, sempre presando pela paz.
Recomendei seu livro para todos meus amigos, inimigos, conhecidos, familiares, estranhos... Enfim, qualquer pessoa que se interesse não só pela religião islâmica, mas também por educação, igualdade e paz.
Obrigada por existir e ser um exemplo na minha vida. Você merece ser muito feliz e espero, sinceramente, que você possa voltar para casa logo...
Com muito amor e admiração
Ana Azevedo